O trocadilho é inevitável.
O Grammy 2008 foi de Amy Winehouse. Ela levou 5 dos 6 prêmios a que concorria, dentre eles artista revelação, composição e música do ano com “Rehab” – um tanto irônico, já que a moça deixou o “Rehab”, que tanto cantou que não ia de jeito nenhum, especialmente para se apresentar na festa do prêmio, via satélite, de Londres. Eu e meus ouvidos torcemos muito pra Amy recuperar-se, desistir das drogas e nos dar o prazer de sua cantoria por mais muitos e muitos anos. Ela parecia bem mais sóbria na apresentação ontem, definitivamente um bom sinal. Eu cheguei a ouvi-la cantar “They wanna make me go to Rehab, and I’ll go, go, go” mas, revendo a apresentação, acho que foi coisa da minha cabeça.
Outro ponto alto da festa, que vale a pena conferir, foi o dueto de Beyoncé e Tina Turner. Tina, do alto de seus 69 anos, apareceu de bochechas de Cher (que, por sua vez, foi quem a chamou ao palco), modelito justo dos velhos tempos e uma energia de dar MUITA inveja, acompanhando o frenético ritmo de Beyoncé que, eu não canso de dizer, é um desperdício de talento. A cada festa do Grammy, eu vejo como essa mulher canta, dança e performa para depois me conformar com seu repertório chato, vulgar, infinitamente aquém de seu potencial. Eu não sei bem quem tem o mau gosto, se é ela ou sua produção, mas algo a faz usar seu talento a favor do mal – à única exceção das festas do Grammy.
Alicia Keys iniciou a festa em um dueto com Frank Sinatra que foi de arrepiar. Teve uma meio sem graça homenagem aos Beatles, mas com direito a reprodução de uma linda cena de “Across the universe”, que já falei por aqui, ao som de “Let it be”. Cindy Lauper (só eu tenho saudades dela?) ressurgiu das trevas para anunciar Amy Winehouse como artista revelação – o primeiro dos cinco prêmios. E a cara de incrédula de Amy quando ouviu, de Londres, o anúncio de “Rehab” como melhor música do ano foi impagável. Poderia escrever parágrafos e mais parágrafos para explicar porque eu sou fã da música de Amy, mas vou dizer somente que ela merece. Confira:
E Tina Turner e Beyoncé – Parte 1:
E Parte 2:
2 comentários
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12 fevereiro, 2008 às 1:57 am
Marcos
Acho que você gosta mais dos adereços usados pela Amy… E talvez da roupa… faz um estilinho “Deisoca” 🙂 ehehehehe
Acho a Amy uma figura muito estranha… Um quê de Marisa Monte piorada.
Mas o video está bem legal e a apresentação foi melhor do que uma outra que vi em alguma premiação no ano passado.
Não vi o Grammy e foi muito bom ver um pedacinho dele no seu blog. Tina Turner em versão recalchutada estava muito legal. E ver Beyoncé com aquele colã do início da apresentação deve ter te lembrado das aulas de Jazz 🙂
Valeu!
18 fevereiro, 2008 às 4:42 pm
Tadeu Felix
Oi amiga. Concordo com vc. A Amy rereceu todos os prêmios que levou. Só perdeu o de Album do ano pq americano adora homenagear quem está esquecido e volta com algo “assim assim” (no caso um projeto com músicas de Joni Mitchell).
Beijos,
Tadeu Felix