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Pode ir armando o coreto e preparando aquele feijão preto
Eu to voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar, muda a roupa de cama
Eu to voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar…Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar porque eu to voltando

Dá uma geral, faz um bom defumador, enche a casa de flor
Que eu to voltando
Pega uma praia, aproveita, ta calor, vai pegando uma cor
Que eu to voltando

Quero lá.. lá.. lá.. ia…..porque eu to voltando!

…por Roma.

Em meio ao caos total – trânsito louco, scooters para todos os lados e direções (o que torna um eterno desafio atravessar uma simples rua), gente andando no meio da rua, gente falando alto, gritando entre outras coisas mais – há uma Roma encantadora.

Não a Roma do Vaticano, da igreja. A Roma do Império Romano, e suas ruínas lindas. Engraçado ver beleza em ruína, mas é a pura verdade. Coliseu, Pantheon, Foro Imperiale e outras que nem sei o que são tem um charme incrível.

Ok, dou meu braço a torcer e admito que a era católica também deixou seu charme, com as inúmeras fontanas pela cidade, o “re-aproveitamento” de algumas construções da época do império, as praças enormes, a arte renascentista de Michelangelo, Raphael.

O Museu do Vaticano em si é parada obrigatória porque não se poder ir a Roma sem ir lá. Mas pra mim, é só isso. É sufocante, claustrofóbico, megalomaníaco. E a Capela Sistina com suas pinturas de Michelangelo não é nem metade da beleza do que eu imaginava que seria.

Já as ruas de Roma… As ruínas – deixadas por um império não menos megalomaníaco, eu sei – a cada esquina. As ruazinhas, os predios baixinhos com suas sacadinhas floridas, os becos escuros que de repente acabam numa enorme praça com um Pantheon no meio. O rio, com sua água esverdeada, e suas pontes – tendo algumas sido construídas antes de Cristo!!

E a luz… Dias de céu azul lindíssimo, e a luz refletindo nos paralelepipedos, nas pedras das construções antigas, nas ruínas, nas fontes. Aquele clarão no final de um beco escuro. Lindo.

E em meio a tanta antiguidade, exposição do Andy Warhol. Adoro esses paradoxos 🙂 Exposição excelente por sinal.

Dois dias em Roma foi pouco. Muito pouco. Ficaria mais. Faltou ver muita coisa.

E foi amor à primeira vista.

… e em Roma!!
Sempre ouvi dizer que havia muita capoeira pela Europa. Mas nao imaginava como seria.
Em Paris, conheci dois italianos capoeiristas – Alessandro (o namorado da Monise) e seu irmao Francesco. Pertencem ao grupo Soluna, liderado pelo Mestre Pudim – de POA.

Chegando em Roma, fui satisfazer minha curiosidade. E que saudade me deu da minha capoeira!!
E como fiquei feliz ao chegar em um lugar cheio de gente com bandeira do Brasil na calça, blusa do Olodum, todo mundo cantando em portugues. Berimbau, pandeiro, sorteio de amigo-oculto!! E muito italiano cheio de ginga, cheios de finta.

Italianos falando portugues, viajando pra Salvador, Rio de Janeiro, Chapada Diamantina, Jericoaquara!! Eh a capoeira inserindo o Brasil no cenario turistico internacional.

O grupo Soluna, segundo o Mestre Pudim, eh o maior na Europa. Pena que roda so aos sabados, entao so assisti uma aula com uma parte do grupo. E eles organizam eventos de capoeira pela Europa, e volta e meia tem batizado em Hamburgo, super-roda em Amsterda e por aih vai.

Chamem-me de piegas, mas me deu orgulho de ser brasileira. E capoeirista.

Foram 8 dias agradabilissimos em Paris.
Para os que conhecem a minha implicancia de longa data com Paris: sim, agora eu entendi Paris. E gostei 🙂
Paris é uma cidade muito cosmopolita – cultura para todos os lados. Deve ser possivel ir a um museu ou a uma nova exposicao todos os dias do ano. Sem exageros.
E tambem uma cidade muito grande, de ruas amplas, grandes predios que se impoem o tempo todo.
E tem um dos melhores transportes publicos da Europa – de fato, se vai de metro a qualquer canto. Desta vez, andei de norte a sul, leste a oeste da cidade – tudo muito facil e rapido. Das cidades que eu conheco, so Londres se compara nesse quesito.
Infelizmente, eh tambem uma cidade de ceu cinza nessa epoca do ano. E frio, muito frio.
E repleta de gente mal-humorada. Isto é inegavel.

Un petit resumé de Paris:
+ Muitas caminhadas pelas ruas.
+ Muitos jantares italianos, deliciosamente preparados em casa.
+ Muita foto dentro do metro.
+ Georges Pompidou segue sendo meu museu de arte contemporanea preferido no mundo.
+ Alguns outros museus como Rodin, Palais du Tokyo (de arte moderna), Dorsay. Mas museus merecem um post a parte.
+ Exposicoes fotograficas – Robert Doisneau DE GRACA (!!), Fundacao do Bresson, Sabine Weiss no Palais du Tokyo, sobre criancas no mundo no Jardim de Luxemburgo. Exposicoes fotograficas tambem merecem um post a parte.
+ Cinema. Cinema-mudo, cinema iraniano. Descobri que muitas vezes nao eh preciso falar o idioma para entender um filme 🙂
+ Crepe de Nutella. Croque Madame. Vinho bom e barato. Muito Bordeaux. Um queijo maravilhoso que esqueci o nome (Monise, me ajuda pls??).
+ Muito cafe ruim. Chocolate quente entao nem se fala. Quem foi que disse que Paris esta repleta de cafes charmosos?? Podem ate ser charmosos, mas cafe bom nada.
+ Um misto de frances, italiano, portugues e ingles. Catso de comunicazione!!! 😉

Enfim, acho que ate moraria em Paris. Depois de aprender frances.

Au revoir.

De tudo um pouco:

Conheça também:

O Jardim em fotos

Por onde viajo…

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